O poder destrutivo da esquerda

Neste fevereiro, estive em Nova York com a minha esposa. A última vez que havíamos ido, já fazia alguns anos e adoramos a cidade, cosmopolita, vibrante, com a beleza das diferenças dos imigrantes que a povoaram em busca do “American Dream”, além do belíssimo Central Parque e dos maravilhosos espetáculos da Broadway.

Desta vez, porém, notamos algumas diferenças que afetaram nossa experiência. Diferente do Brasil, nos EUA, as unidades federativas (estados) têm uma grande autonomia nas leis, podendo determinar penas criminais diferentes, impostos, e temas jurídicos delicados. Existe uma diferença quase que linear entre os estados historicamente governados por Republicanos (conservadores) e Democratas (esquerda progressista), que além do custo de vida, afetam diretamente a rotina e costumes da população.

Tendo como efeito, e talvez como objetivo, fragilizar os pilares da sociedade, como Família, Deus, Propriedade Privada, a esquerda faz um “strike” por onde passa. E o Covid-19 foi um convite à farra. Com prefeito e governador democratas, a criminalidade em Nova York aumentou desde 2020, após anos de queda nos índices. Em 2023, os crimes graves aumentaram 22% ante o ano anterior, sendo 45% de aumento de crimes graves no metrô, de acordo com o chefe de transportes do Departamento de Polícia de Nova York, Michael Kamper.

Os mercadinhos que fazem parte da paisagem urbana da cidade não têm capital para absorver a inacreditável quantidade de furtos, constantes e repetidos. Medidas extremadas, como trancar com cadeados os freezers onde são expostos sorvetes e carnes, acabam prejudicando ainda mais as vendas, farmácias com prateleiras com cadeados, fazem parte da rotina do comércio da cidade. A queda nas vendas foi calculada em 20%. O aumento de 81% desse tipo de crime obviamente não é fruto do acaso, mas do ativismo judicial e político. Num fenômeno conhecido em outros países, seus defensores consideram que os autores desse tipo de crime são vítimas da sociedade, flexibilizando punições. O efeito disso é nefasto.

Atualmente, o consumo de maconha é liberado em alguns estados, incluindo este. É impossível dar uma curta caminhada pela cidade, sem sentir cheiro de maconha no ar. Entendo que a permissão do consumo de drogas, atenta contra outro pilar, a família. A permissão do roubo em valores pequenos, é um afronte ao princípio de propriedade e meritocracia, além de encarecer todos os produtos, gerando inflação, pois o preço vendido tem que levar em conta potenciais roubos de mercadorias e ou estrutura para prevenir-se deles.

Enfim, o poder de destruição da esquerda, atacando os pilares da sociedade é enorme, não somente relacionados à economia, como o que temos no Brasil, mas também aos valores acima citados.

Eduardo Tellechea Cairoli, fundador e CEO da Privatto Multi Family Office

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