Michelle publica homenagem a Eduardo Bolsonaro: “Orgulho da família”

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem, para o enteado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em um story (publicação temporária) do Instagram, que anunciou o afastamento do cargo de parlamentar para permanecer nos Estados Unidos, sob a justificativa de perseguição.

“Duda, você não é apenas o orgulho da família, mas de um povo de bem, que luta e ama sua nação. Obrigada por tanto”, escreveu Michelle em uma montagem de fotos com o deputado e a família.

Em vídeo publicado nas redes sociais, na tarde de terça-feira (18), Eduardo revelou que vai se afastar temporariamente do cargo para se dedicar “integralmente” a buscar as “devidas sanções aos violadores de direitos humanos” e também a “resgatar liberdades perdidas” no Brasil.

“Eu abdico temporariamente dele [mandato], para seguir bem, representando esses milhões de irmãos de pátria, que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, afirmou o parlamentar.

O deputado federal, que está no país desde a posse de Donald Trump, destacou que “nunca” imaginou que não retornaria mais para casa.

“Nunca imaginei que eu faria uma mala de 7 dias para não mais retornar para minha casa, mas, hoje, vejo com clareza que Deus está me mostrando o caminho. Tenho certeza de que o meu eleitor também entende que o meu trabalho, nesse momento, é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil”, completou.

“Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos”, pontuou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro se emocionou, ao comentar a decisão do filho, e afirmou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, “vai abraçá-lo”.

“Para que o mal vença, basta que os bons se omitam. Hoje está sendo um dia marcante para mim. […] No momento, ele [Trump] continuará abraçando o meu filho”, disse o ex-presidente em coletiva no Senado Federal, durante inauguração do Memorial do Holocausto.

“Hoje está sendo um dia marcante para mim. (Com) o afastamento de um filho, que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. (Ele) se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança sobre o nosso País”, declarou aos presentes, emocionado.

O ex-presidente fez acenos ao seu eleitorado evangélico ao dizer que o “exemplo de Israel está vivo em nossos corações” e que “sempre esteve ao lado de Deus”. Mandou um abraço ao premiê israelense por meio do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, e lembrou o fato de Trump ter cumprimentado o seu filho Eduardo durante uma conferência de extrema direita nos Estados Unidos.

A comparação do Brasil, governado por um partido de esquerda, com a ideologia de extrema direita que dominou a Alemanha nazista da década de 1930 foi feita também por Eduardo.

Também disse ser alvo de perseguição, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e chamou a Polícia Federal de “Gestapo”, polícia secreta da Alemanha nazista.

Minutos após o anúncio, na entrevista ao canal no YouTube, Eduardo afirmou que sua atuação nos Estados Unidos passa por advogar “a favor de eleições limpas e justas” – apesar de o governo Bolsonaro ter se empenhado em detectar qualquer fraude no sistema eleitoral brasileiro e não conseguido encontrar nada.

 

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