Terremoto atinge Myanmar e Tailândia e deixa mais de 140 mortos

Crédito: reprodução de vídeo / SkyNews

Um terremoto de magnitude 7.7 na escala Richter sacudiu o Sudeste Asiático nesta sexta-feira (28). O abalo causou devastação em Myanmar e também sendo sentido na Tailândia. O epicentro foi localizado a 16 quilômetros a noroeste de Saigang, no centro de Myanmar, com profundidade de 10 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O tremor foi registrado às 14h20 no horário local e teve uma réplica de magnitude 6.4 minutos depois, na mesma região.

Até o momento, autoridades de Myanmar confirmaram pelo menos 144 mortes e 732 pessoas feridas, de acordo com o general Min Aung Hlaing, chefe da junta militar que governa o país desde 2021. A estimativa, no entanto, pode aumentar significativamente. O USGS alerta que o número final pode atingir a casa dos milhares.

Myanmar está localizada sobre a falha de Sagaing, que atravessa o país no sentido norte-sul, sendo uma das zonas mais ativas sismicamente do mundo. A região já foi palco de outros terremotos letais nas últimas décadas.

Estado de emergência e pedido de ajuda internacional

O governo militar de Myanmar decretou estado de emergência em seis regiões e lançou apelo internacional por ajuda humanitária. Hospitais operam no limite, e organizações relatam colapso na infraestrutura básica.

Na Tailândia, o abalo causou o desabamento de um prédio de 30 andares em construção, em Bangkok. Conforme o governo, há três mortos confirmados e mais de 80 trabalhadores desaparecidos. A primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra também declarou estado de emergência na capital. O total de mortes no país é de nove pessoas.

Organizações humanitárias relatam devastação severa

A Federação Internacional da Cruz Vermelha afirmou que avenidas, pontes e edifícios públicos estão severamente danificados. Segundo a coordenadora Marie Manrique, há também preocupação com o estado das barragens da região.

A Cáritas, entidade ligada à Igreja Católica, relatou centenas de desaparecidos em Mandalay, importante cidade histórica. “É impossível contatar familiares por causa da interrupção nas comunicações”, destacou a organização.

A ONG italiana MedAcross classificou os danos como “imponentes” e alertou para o colapso do sistema de saúde, especialmente em áreas pobres. “Um terremoto dessa magnitude, em um país já fragilizado, pode devastar milhares de vidas”, declarou.

Já a Fundação Cesvi, também da Itália, informou desabamentos parciais de prédios, danos em rodovias e o bloqueio da principal estrada nacional nos arredores de Mandalay.

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