Morre Marcos Vilaça, ex-presidente do Tribunal de Contas da União e da Academia Brasileira de Letras

O professor, advogado, jornalista, ensaísta e poeta brasileiro Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça morreu neste sábado (29), em Recife (PE), aos 85 anos, de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado na Clínica Florença, no bairro das Graças.

Vilaça foi presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) e da ABL (Academia Brasileira de Letras). Ele ocupava a cadeira número 26 da Academia desde 1985, na sucessão de Mauro Mota. Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras. Era bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e foi professor de direito internacional.

Vilaça nasceu em Nazaré da Mata (PE), no dia 30 de junho de 1939. Ele é considerado um pensador e empreendedor da cultura brasileira. Ocupou cargos importantes na administração pública de Pernambuco e do País. Em 1966, tornou-se chefe da Casa Civil pernambucana, no governo de Paulo Guerra, e, no início da década de 1970, foi responsável por algumas secretarias na gestão de Eraldo Gueiros Leite.

Na década de 1960, Vilaça construiu uma carreira significativa na literatura, área que o consagrou como grande intelectual. Um pouco antes, em 1958, publicou “Conceito de Verdade”. No mesmo ano, lançou “A Escola e Limoeiro” e, em 1960, as crônicas de viagem “Americanas”.

Em 1961, publicou um dos seus trabalhos literários de maior sucesso: “Em Torno da Sociologia do Caminhão”, que recebeu o prêmio Joaquim Nabuco da Academia Pernambucana de Letras.

É autor de outras obras conhecidas, como “Nordeste: Secos & Molhados” (1972), “Recife Azul, Líquido do Céu” (1972), “O Tempo e o Sonho” (1984) e “Por uma Política Nacional de Cultura – Ministério da Educação e Cultura” (1984).

Adicionar aos favoritos o Link permanente.