Mudanças de temperatura e fumaça das queimadas aumentam os riscos de pneumonia

Com a chegada do final do ano e as oscilações de temperatura, o aumento dos casos de doenças respiratórias, como a pneumonia, se torna uma preocupação crescente no Brasil. Esse quadro é agravado pela má qualidade do ar, intensificada pelas fumaças vindas dos incêndios florestais que assolam diversas regiões do país. O impacto conjunto do frio repentino e da poluição do ar cria um ambiente propício para o surgimento e agravamento de infecções respiratórias, especialmente em crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida.

A pneumonia é uma infecção que inflama os alvéolos pulmonares, prejudicando a troca de gases e, em casos graves, levando à dificuldade respiratória. As mudanças bruscas de temperatura, comuns nesta época do ano, podem enfraquecer o sistema imunológico, facilitando a entrada de vírus e bactérias responsáveis por causar a doença. Além disso, a exposição contínua à poluição e à fumaça agrava as condições respiratórias, aumentando a inflamação das vias aéreas e tornando o organismo mais suscetível à pneumonia.

O que causa a pneumonia?

A pneumonia pode ser causada por diferentes agentes, como vírus, bactérias e fungos. A doença é transmitida principalmente pelo ar, através de gotículas expelidas por uma pessoa infectada ao tossir ou espirrar. O contágio também pode ocorrer pelo contato direto com secreções respiratórias, como ao tocar em superfícies contaminadas e levar as mãos ao rosto.

As pessoas mais vulneráveis à doença são aquelas que já possuem problemas respiratórios, como asma e bronquite, além de fumantes, idosos e crianças pequenas. A poluição atmosférica, agravada pelos incêndios, é um fator que pode desencadear crises respiratórias e facilitar a invasão de microrganismos nos pulmões, levando ao desenvolvimento da pneumonia. Mudanças bruscas de temperatura também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Sintomas

Os sintomas da pneumonia variam de acordo com o agente causador e a gravidade da infecção. Entre os sinais mais comuns estão:

  • Febre alta
  • Tosse persistente, com ou sem secreção
  • Dor no peito ao respirar ou tossir
  • Falta de ar
  • Cansaço excessivo
  • Calafrios
  • Dores musculares

Em casos mais graves, a pneumonia pode evoluir para insuficiência respiratória, exigindo internação hospitalar e, em algumas situações, até suporte ventilatório.

Prevenção

A prevenção da pneumonia é especialmente importante em tempos de clima instável e má qualidade do ar. Algumas medidas simples podem ajudar a reduzir os riscos:

1. Vacinação: A vacina pneumocócica é recomendada para idosos, crianças e pessoas com condições de saúde que as tornem mais suscetíveis à pneumonia. A vacina contra a gripe também pode ajudar a prevenir casos virais.

2. Higiene das mãos: Lavar as mãos com frequência é essencial para evitar o contato com vírus e bactérias que possam causar a infecção.

3. Manter o sistema imunológico forte: Uma alimentação balanceada, com consumo adequado de vitaminas e minerais, ajuda a fortalecer as defesas do corpo. Evitar o tabagismo e praticar atividades físicas também são importantes.

4. Evitar ambientes poluídos: Durante períodos de alta poluição, como os causados pelas fumaças dos incêndios, é recomendável evitar exposição prolongada ao ar livre. Em casos de emergência, o uso de máscaras pode ser uma barreira contra a inalação de poluentes.

5. Hidratação: Beber água regularmente ajuda a manter as vias aéreas limpas e facilita a eliminação de secreções.

A atenção aos sintomas e a prevenção são fundamentais para evitar complicações. Caso surjam sinais de infecção respiratória, é importante buscar orientação médica rapidamente para evitar a progressão da pneumonia.

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