Inter atinge maior série sem sofrer gols com Roger no comando

Dizem algumas teorias que times campeões começam por se defender bem. E o Internacional está provando que as teorias na prática se concretizam, alcançando números positivos e marcantes. Já classificado à próxima edição da Conmebol Libertadores, perto da vaga à fase de grupos, invicto há 15 partidas, o time também passa pela maior sequência sem sofrer gols sob o comando do treinador.

A vitória por 1 a 0 sobre o Vasco na noite de quinta-feira, em São Januário, foi o terceiro jogo consecutivo da equipe sem vazar. O último gol sofrido ocorreu em 30 de outubro, no empate em 1 a 1 com o Flamengo. Desde então, são 315 minutos (sem contar os acréscimos) sem sofrer gol.
Curiosamente, os três últimos gols sofridos foram de pênaltis: Yuri Alberto (Corinthians 2 x 2 Inter), Vargas (Atlético-MG 1 x 3 Inter) e Alcaraz (Inter 1 x 1 Flamengo). O último com bola rolando saiu também com Yuri, logo aos três minutos de jogo no empate com o Timão.

A solidez vem do encaixe entre Rogel e Vitão. O uruguaio, após um início oscilante no clube, subiu de produção. Em São Januário, terminou como o maior rebatedor colorado, com 17 cortes, e chegou a salvar uma bola em cima da linha de Coutinho, que tentava encobrir Rochet.
– Tratamos de proteger. É a estrutura da equipe – resumiu o zagueiro.
A série do Inter sem sofrer gols:

* Inter 2 x 0 Criciúma
* Inter 2 x 0 Fluminense
* Vasco 0 x 1 Inter

Vitão voltou a ser um dos pilares do time. Mesmo do lado esquerdo, o defensor é um dos protagonistas desta retomada, após quase deixar o Beira-Rio para atuar no Betis, da Espanha. Mostra soberania por baixo e por cima e auxilia na construção das jogadas.
Roger valoriza o atual bom momento da equipe, a aceitação do grupo à proposta de trabalho e a dedicação para executar as ideias em campo. Com o treinador, o time marca no campo do rival e tenta diminuir os espaços para estar sempre perto do gol adversário.
– Somos o time que marcamos mais longe do gol. Marcamos em média a 45 metros do gol. É o time que pressiona mais rápido o adversário para recuperar a bola, um dos que tem menor expectativa de levar gol – explica o treinador.

O Inter tem a segunda melhor defesa do Brasileirão, empatado com o Palmeiras, com 28 gols sofridos. A média é 0,82 por partida. Apenas o líder Botafogo sofreu menos gols, com 26.
Diante do Bragantino, Roger promoverá mudanças na defesa, visto que contará com os retornos dos laterais Bruno Gomes e Bernabei, que cumpriram suspensão. Aguirre e Renê voltam a ficar como alternativas no banco de reservas.

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