PM que matou mulher durante abordagem em bar no RS agiu em legítima defesa, conclui inquérito


Conforme inquérito policial militar, disparo foi efetuado para “para salvaguardar integridade física” de PM. Sabrina de Oliveira Moreira, 27 anos, tinha três filhos. Mulher morre após ser baleada em abordagem policial na zona norte de Porto Alegre
O Inquérito Policial Militar (IPM) que apurou a morte de uma mulher durante abordagem da Brigada Militar (BM) em uma bar na Zona Norte de Porto Alegre concluiu que não houve negligência ou erro no procedimento. De acordo com a investigação, finalizada na sexta-feira (26), o PM que atirou contra Sabrina de Oliveira Moreira, de 27 anos, agiu em legítima defesa.
“O policial efetuou o disparo para salvaguardar sua integridade física da iminente ameaça que sofria no momento, diante da condição desfavorável no local da abordagem, que contava com grande número de pessoas exaltadas”, diz trecho da nota divulgada pela BM.
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O caso ocorreu em 13 de abril. Conforme registros, o 20º Batalhão de Polícia Militar (20º BPM) foi acionado, via telefone 190, para atender a uma ocorrência de “desordem com disparos de arma de fogo”. Cerca de 15 pessoas estavam no estabelecimento, localizado no bairro Mario Quintana.
Segundo o IPM, durante revista pessoal a dois homens que estavam no bar, Sabrina teria investido contra um dos policiais. Ela teria agarrado a arma da mão de um deles. Neste momento, o PM efetuou um disparo contra a jovem.
“Desta forma, diante de todas as provas apuradas dentro do IPM, incluindo provas testemunhais e laudos periciais, concluiu-se que a conduta do policial ocorreu dentro dos limites da legítima defesa”, diz outro trecho da nota.
Sabrina chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos. Ela deixa três filhos.
Mulher que morreu durante abordagem policial em bar no RS
Arquivo Pessoal
Nota da Brigada Militar
A Brigada Militar, por meio do Comando de Policiamento da Capital, informa a conclusão do Inquérito Policial Militar relacionado a ocorrência envolvendo a jovem Sabrina de Oliveira Moreira, ocorrida em 13 de abril de 2024. A Corporação imediatamente iniciou as providências de Polícia Judiciaria Militar para a elucidação do ocorrido.
No dia da ocorrência, a Brigada Militar foi acionada, via telefone 190, para verificar uma ocorrência de desordem com disparos de arma de fogo no bairro Mario Quintana. Ao chegar no local, a equipe despachada se deparou com uma aglomeração de pessoas, que não atenderam a ordem de abordagem dos policiais, os quais necessitaram de apoio para dar prosseguimento a abordagem.
Em dado momento, durante revista pessoal a dois homens, a sra Sabrina investiu contra um dos policiais, agarrando sua arma. Neste momento, o policial efetuou um disparo contra a jovem. Cabe esclarecer que o policial efetuou o disparo para salvaguardar sua integridade física da iminente ameaça que sofria no momento, diante da condição desfavorável no local da abordagem, que contava com grande número de pessoas exaltadas. Após o ocorrido, imediatamente os policiais socorreram a vítima.
Desta forma, diante de todas as provas apuradas dentro do IPM, incluindo provas testemunhais e laudos periciais, concluiu-se que a conduta do policial ocorreu dentro dos limites da legítima defesa. Durante o IPM, foram ouvidas 30 pessoas e 33 mídias foram juntadas aos autos.
A Brigada Militar reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, atuando diuturnamente em defesa da sociedade e na preservação da ordem pública.
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