Cinco mortos em incêndio em pousada de Porto Alegre são identificados e enterrados


Despedida de quatro pessoas ocorreu sem a presença de familiares e amigos. Outros cinco mortos ainda não foram identificados pela perícia. Velório de vítimas de incêndio em Porto Alegre
Jonas Campos/RBS TV
Foram identificadas cinco vítimas do incêndio que matou 10 pessoas, na madrugada de sexta-feira (26), em Porto Alegre. Elas foram enterradas neste sábado (27), na Capital.
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As vítimas sepultadas durante o dia foram:
Silvério Roni Matim
Dionathan Cardoso da Rosa
Maribel Teresinha Padilha
Julcemar Carvalho Amador
Anderson Gaúna Corrêa
Outras cinco pessoas ainda não foram identificadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Entre os 15 feridos, cinco pessoas seguem internadas, enquanto as demais já receberam alta.
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Reprodução/RBS TV
Velório e enterro
Quatro vítimas foram levadas para duas capelas do Cemitério São João, na Zona Norte de Porto Alegre. Os velórios duraram cerca de meia hora. Os caixões permaneceram fechados, porque os corpos estavam carbonizados.
Nos enterros, não havia familiares ou amigos dos mortos. As vítimas eram pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Os custos do sepultamento foram cobertos por uma funerária. O secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Léo Voigt, compareceu no cemitério. Ele é o titular da pasta responsável pelos contratos do município com a Pousada Garoa, empresa dona da pensão que pegou fogo.
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Representantes de movimentos sociais de luta por moradia e em defesa da população em situação de rua também estiveram no enterro e cobraram uma investigação rigorosa do caso.
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Incêndio
Na madrugada de sexta, uma pousada na Avenida Farrapos, no Bairro Floresta, ficou em chamas. Os bombeiros chegaram por volta das 2h para combater o incêndio, que só foi controlado três horas depois. Entre as vítimas, duas foram encontradas no primeiro andar; cinco, no segundo; e, no terceiro, mais três pessoas.
A origem do incêndio ainda é desconhecida. O Corpo de Bombeiros afirma que o incêndio se espalhou rapidamente, comprometendo a saída das pessoas do local. Também diz que não havia plano de prevenção contra incêndio (PPCI) nem alvará para funcionar como atividade residencial.
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Pensão teve contrato renovado com prefeitura em dezembro
O espaço abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade social. Das 30 pessoas que estavam no lugar, 16 eram mantidas com subsídio da prefeitura. O último contrato com o município, em dezembro de 2023 por mais 12 meses, teve o custo de R$ 2,7 milhões.
O dono da pousada, Andre Luis Kologeski da Silva, afirmou que o incêndio teria sido criminoso. A versão é contestada pela Polícia Civil, que não vê indícios de crime na ocorrência.
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Em nota divulgada no sábado (27), os responsáveis pela Pousada Garoa afirmam que estão “colaborando plenamente com as autoridades competentes para esclarecer os detalhes deste acontecimento”.
“A segurança de nossos hóspedes e colaboradores são nossa prioridade. Nosso total empenho em fornecer todo o apoio necessário perante as pessoas. Além disso, continuamos nosso trabalho de assistência à população de rua, reforçando nosso compromisso social”, diz o comunicado.
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