Vinte perguntas para quem está acompanhando mais um dia da enchente no Estado

A avalanche de informações que meios de comunicação, redes sociais, rádios, tevês, estão dando 24 horas de cada dia da enchente ajudam muito a população. É o tipo de ajuda que podem e devem fazer com serenidade, confiabilidade e honestidade para quem está na outra ponta da informação – leitor, ouvinte, telespectador.

Ao mesmo tempo, as fake News proliferam por pura maldade, ideologia, safadeza, vagabundagem, para ganhar cliques nos seus canais e assim por diante. Mas há curiosidades de muita gente que ninguém responde ou até sabe a resposta, mas não acredita em tamanhas ignomínias.

Estamos diante do caos e de tantas notícias ruins reais que não dá para acreditar que tem gente envolvida nesta gigantesca tarefa de produzir sacrilégios. A jornalista ambiental Sílvia Marcuzzo, estudiosa e pesquisadora dos fenômenos da natureza nos seus aspectos ecológicos e sociais, faz seguidas matérias de indagações e perguntas sobre sua área em seus artigos para vários sites de notícias.

Resolvi imitá-la e aqui estou fazendo várias perguntas de diversos assuntos que tomam conta da cabeça de um generalista como muitos de nós. Aqui estão:

1 – Por que o deputado federal gaúcho Marcel Van Hatten, um dos mais votados no Estado na eleição de 2022, anda mentindo excessivamente e distribuindo mensagens nas redes sociais sobre a enchente?

2 – Por que o governador Eduardo Leite tem facilidade para agradecer, por exemplo, a Elon Musk pela sua ajuda aos desabrigados e não consegue dizer obrigado ao presidente Lula por tudo que ele está fazendo em favor do RS e por enviar R$ 50 bi ao Estado?

3 – Por que o senador, o mau milico General Mourão, não presta a mínima solidariedade aos gaúchos nesta hora e sumiu do mapa?

4 – Por que o deputado federal Tenente Coronel Zucco pede ajuda por pix em nome de uma entidade fascista e de direita cujo destino do dinheiro é uma incógnita?

5 – Por que uma comitiva de deputados federais brasileiros está gastando dinheiro público nos Estados Unidos e de lá criticando Lula por não ajudar a contento os flagelados do RS?

6 – Por que o prefeito Sebastião Melo, de Porto Alegre, não sabia de nada sobre as estações de captação, bombeamento e fornecimento de água para a população?

7 – Onde o prefeito Melo colocou o dinheiro para investir em sistemas de prevenção de cheia em 2023?

8 – Por que mais da metade da população de 1,5 milhão de habitantes de Porto Alegre ainda não está sendo abastecida de água na Capital?

9 – Por que o deputado federal do PL de Goiás Gustavo Gayer está sendo mau caráter e mentindo abusivamente sobre a situação do RS?

10 – Por que as operadoras de telemarketing não param, neste momento, de encher a paciência dos clientes no RS com ligações inoportunas e fraudulentas?

11 – Por que os supermercados estão aumentando os preços de certos produtos básicos, desconsiderando o que acontece com a população?

12 – Por que pastores ricos, como o inescrupuloso Silas Malafaia, pedem ajuda aos fiéis para flagelados do Estado, mas não vêm aqui como voluntários para ajudar nas operações de socorro?

13 – Por que jogadores de futebol são chamados de marqueteiros pessoais por estarem ajudando flagelados?

14 – Por que a imprensa corporativa não divulga e elogia o trabalho incansável dos movimentos sociais, como o MAB, o MTST, o MPA, o MST, o Levante Popular da Juventude e tantos outros nas suas cozinhas solidárias?

15 – As águas das bicas e dos poços artesianos espalhados por Porto Alegre são potáveis ou só servem para fins de higienização de casas e apartamentos?

16 – Mesmo o governo afirmando que aceitou ajuda uruguaia, por que insistem em dizer que houve recusa oficial?

17 – Quem recusaria ajuda nesta hora trágica?

18 – Notícias de estupros em larga escala em abrigos são verdadeiras?

19 – Por que os médicos Roberta Zaffari Townsend e Victor Sorrentino estão dizendo nas redes sociais que a Anvisa está dificultando a entrada de remédios no RS?

20 – Você tem medo de ajudar os flagelados?

* Eugênio Bortolon é jornalista

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

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