Grupo Pão de Açúcar, de São Paulo, limita compra de alimentos diante da crise no RS

Devido às intensas chuvas no Rio Grande do Sul, que desencadearam uma crise de abastecimento de alimentos, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) implementou medidas preventivas em suas redes de supermercados em todo o Brasil. Na quinta-feira (5) a empresa impôs um limite na compra de itens básicos como arroz, feijão, óleo de soja e leite.

A restrição vale tanto em lojas físicas quanto em plataformas on-line dos supermercados da companhia. O GPA comunicou que a decisão visa garantir que todos possam acessar os alimentos essenciais durante a crise atual.

Nos estabelecimentos físicos, os consumidores verão avisos que indicam a quantidade máxima de produtos que podem ser comprados. A limitação se aplica aos aplicativos Pão de Açúcar Mais e Clube Extra.

Com a medida, será permitido, por exemplo, adquirir até duas unidades de pacotes de arroz de 5 quilos, quatro unidades de pacotes de feijão, seis garrafas de óleo de soja e 24 litros de leite. Essa ação é válida para todas as bandeiras do GPA, como Pão de Açúcar, Extra Mercado, Minuto Pão de Açúcar, Pão de Açúcar Fresh e Mini Extra.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) destacou que os estoques e as operações de abastecimento estão estabilizados. Nesse sentido, a entidade pediu aos consumidores que evitem acumular estoques desnecessários.

Além disso, a Abras planeja solicitar ao governo a abertura de importações. Isso, de acordo com a entidade, servirá para auxiliar no abastecimento nacional.

Arroz

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou que o Brasil importará arroz de outros países do Mercosul. Conforme alegou, a compra ocorrerá devido às adversidades climáticas que impactaram o Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional de arroz, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Apesar disso, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul rechaçou a estratégia do governo. Isso porque a entidade sinalizou que não haveria necessidade de se importar arroz.

Monitoramento 

O Grupo Pão de Açúcar reafirmou, em nota, que seus estoques estão controlados. Dessa forma, a empresa garante que continuará a monitorar de perto os impactos nas operações de abastecimento causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Por fim, a companhia reforça que a decisão de limitar as compras é uma estratégia para gerenciar a situação de forma equitativa. Assim, acredita o GPA, o acesso contínuo aos itens essenciais para mais pessoas será possível.

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