Ministro diz que vai se reunir com o governador gaúcho nesta semana para discutir plano para aviação regional no RS

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou na sexta-feira (10) que vai reunir-se nesta semana com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para discutir o plano para a avaliação regional do Estado.

O Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia sem precedentes, causada pelas enchentes e inundações provocadas pelas fortes chuvas que têm atingido a região. Ao todo, são 136 pessoas mortas e mais de 140 desaparecida, outras cerca de 400 mil estão fora de suas casas, e cerca de 90% dos municípios registraram algum tipo de problema em razão dos temporais.

Segundo Silvio Costa Filho, ainda não está definido o local da reunião entre ele e Eduardo Leite – se em Brasília ou em Porto Alegre. Isso porque há uma expectativa em Brasília que o governador se dirija à capital na próxima semana para participar de um anúncio do governo federal de ajuda ao estado.

“[Se o governador for a Brasília] nós faremos uma reunião no ministério para discutir com ele o plano de aviação regional e algumas ações de operação logística no estado, de ampliação das rotas de voos. A ideia é essa”, afirmou o ministro.

Silvio Costa Filho acrescentou que, se Leite não for a Brasília, a reunião pode acontecer no Rio Grande do Sul.

Na quinta (9), o ministro anunciou a criação de uma “malha aérea emergencial” para o Rio Grande do Sul, com 116 voos a mais por semana por meio de aeroportos regionais.

Diante desse cenário, o Ministério dos Portos e Aeroportos informou ter discutido a “malha emergencial” com a Casa Civil, o Ministério da Defesa, a Infraero, entidades do setor e as companhias aéreas.

Malha aérea

Conforme o anúncio do Ministério dos Portos, a utilização dos aeroportos regionais pelas companhias aéreas deve levar a um aumento de 116 voos semanais. Desse total, 88 no Rio Grande do Sul e 28, em Santa Catarina.

Vão ser utilizados os seguintes aeroportos:

Rio Grande do Sul: Uruguaiana, Santo Ângelo, Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul, Passo Fundo e Canoas (este último é base aérea, ainda não há data definida para os voos serem autorizados);
Santa Catarina: Florianópolis e Jaguaruna.
De acordo com a Abear, entidade que representa as companhias, os voos vão partir de aeroportos como os de Guarulhos e Congonhas, no estado de São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo as estimativas do governo, o número de passageiros nesses aeroportos pode saltar de 7 mil para 20 mil (13 mil a mais por semana).

De acordo com Silvio Costa Filho, a decisão do governo pode variar conforme a demanda apresentada pela população.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.