Lula e Eduardo Leite se reúnem; governo deve confirmar suspensão da dívida do RS por três anos

Medida visa garantir mais dinheiro para ações de reconstrução do estado. Até a manhã desta segunda (13), Rio Grande do Sul registrou mais de 140 mortos por causa das chuvas e cheias dos rios O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se reúnem na tarde desta segunda-feira (13) por videoconferência para tratar de novas medidas de socorro ao estado, afetado pelas piores chuvas de sua história.
Na reunião, o governo federal deve anunciar a suspensão, por três anos, do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União – conforme antecipado pelas colunistas do g1 Ana Flor e Camila Bomfim.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) também participam do encontro.
Lula e Haddad decidiram pela medida para permitir que o governo gaúcho utilize o dinheiro na reconstrução do estado. O texto seguirá para análise do Congresso como um projeto de lei, que ainda terá de ser aprovado e sancionado.
O Rio Grande do Sul enfrenta chuvas e cheias de rios sem precedentes, que mataram, até a manhã deste segunda, 147 pessoas. As enxurradas alagaram cidades de diferentes regiões, destruíram rodovias e fecharam o aeroporto Salgado Filho.
A suspensão do pagamento foi negociada com o governador Eduardo Leite (PSDB), que solicitou a medida a Haddad.
A estimativa é de que a ação represente uma folga entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões no caixa do estado. O projeto de lei determina que os recursos têm que ser usados na reconstrução do RS.
Na semana passada, Leite apresentou um cálculo inicial de, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir as estruturas destruídas na região.
Klava: governo vai propor suspensão da dívida do RS
Desde os anos 1990, o Rio Grande do Sul fez sucessivos acordos para quitar a dívida com a União.
O pagamento das parcelas mensais ficou suspenso durante cinco anos, tempo de vigência de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi retomado em 2022 após a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal com a União.
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