Ministro da Fazenda diz que revisão de gastos é para dar “vida longa ao arcabouço”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (16) que a nova fase da revisão de gastos proposta pelo governo tem o objetivo principal de dar “vida longa ao arcabouço fiscal”.

Segundo ele, essa revisão é necessária para que as despesas se ajustem ao orçamento e garantam a estabilidade das finanças públicas no longo prazo.

“Nós temos que encontrar um caminho e fazer com que a soma das partes caiba no todo daqui para frente. Porque este ano vamos ter um resultado fiscal muito melhor do que as projeções do mercado. Muito melhor, mesmo com o episódio do Rio Grande do Sul, mesmo levando em consideração a catástrofe climática que aconteceu no estado. Ainda assim, o resultado primário é melhor do que as projeções de mercado”, disse à imprensa.

Haddad afirmou ainda que as propostas serão enviadas ao Congresso Nacional neste ano e indicou que “pode envolver uma mudança constitucional”. Ele preferiu não se comprometer com valores exatos, mas disse que o volume necessário será o “suficiente” para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal.

“É isso que nós estamos mirando: qual é a variável da dinâmica dos gastos. Não estou falando de cortes, mas muito mais de uma calibração da dinâmica, da evolução das despesas, para que caibam dentro do arcabouço fiscal. Um juro mais baixo, crescimento, geração de emprego, é nisso que estamos trabalhando”, frisou.

Na terça-feira (15), ao deixar a pasta comandada por Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que “chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos estrutural”.

Segundo ela, o objetivo do governo é fazer uma revisão estrutural. Será apresentado ao presidente Lula um projeto dividido em três que mira especialmente políticas públicas ineficientes.

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