Porto Alegre registra maior abstenção entre capitais com 2º turno; números preocupam TRE


Número de pessoas que não compareceram aumentou em todos os cinco municípios onde houve segundo turno no RS. Presidente do TRE afirma que questão foi apontada como prioridade para as próximas eleições. Cabine de votação nas eleições
Duda Fortes/Agência RBS
Porto Alegre repetiu o primeiro turno e foi a capital brasileira com maior número de abstenções no segundo turno, disputado neste domingo (27). A cidade registrou 34,83% de eleitores ausentes – 381.965 pessoas.
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O número supera o observado em Goiânia, que teve uma abstenção de 34,20% (veja o ranking abaixo).
Porto Alegre 34,83%
Goiânia 34,20%
Belo Horizonte 31,95%
São Paulo 31,54%
Porto Velho 30,63%
Curitiba 30,37%
Natal 26,00%
Palmas 25,73%
Cuiabá 25,73%
Belém 25,19%
Aracaju 25,16%
Manaus 23,39%
João Pessoa 22,84%
Fortaleza 15,84%
Campo Grande 12,47%
Em declaração após os resultados eleitorais neste domingo, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul, Voltaire de Lima Moraes, ressaltou que o dado preocupa o órgão. O desembargador falou sobre a importância de aprofundar a análise sobre as taxas de abstenção registradas no estado durante as eleições.
O presidente do TRE mencionou ainda que, apesar de alto, o índice foi inferior ao que se projetava inicialmente, o que, para o magistrado, já representa um avanço.
“Tivemos uma abstenção alta? Tivemos, porque queríamos diminuir essa abstenção, mas a abstenção no segundo turno foi bem menor do que se projetava. De qualquer sorte, nós precisamos analisar com maior profundidade essa questão relacionada com a abstenção, principalmente em algumas cidades”, comentou o presidente.
O índice de abstenções em Porto Alegre neste ano foi o maior desde 2000, superando, inclusive, o registrado em 2020, quando as eleições foram realizadas em meio à pandemia de Covid-19.
Aumento no RS
Além de Porto Alegre, a abstenção aumentou nas demais cidades do RS com segundo turno: Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria.
A questão das abstenções foi apontada pelo desembargador como uma prioridade para análise. Moraes ainda destacou que, enquanto algumas cidades do estado conseguiram reduzir o índice de faltas comparado às eleições de 2016 e 2020, outros municípios mantiveram taxas elevadas.
“Em 2016, não havia problema nenhum nem de enchente, nem de pandemia. E essas cidades conseguiram reduzir. Então, nós temos que verificar por que que isso ocorreu”, observou.
Confira as apurações nas cidades:
Canoas
Caxias do Sul
Pelotas
Porto Alegre
Santa Maria
Para entender o motivo de tantas abstenções, o desembargador anunciou que será realizado um encontro em março de 2024. A reunião terá o objetivo de discutir as variáveis que influenciam as taxas e identificar possíveis ações para engajar mais eleitores no processo democrático nas próximas eleições.
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