Polícia diz que não houve negligência de médicos em caso de menino de oito anos que morreu após atendimento em Passo Fundo


Delegada concluiu inquérito sem indiciamentos. Gustavo dos Santos Ribas teria sido diagnosticado com problemas no apêndice, sendo transferido de hospital em junho deste ano. Depois, médicos identificaram quadro de pneumonia. Gustavo dos Santos Ribas, de oito anos, morreu após sofrer paradas cardíacas em Passo Fundo
Arquivo pessoal
A Polícia Civil concluiu, sem indiciamentos, a investigação sobre a morte de um menino de oito anos após atendimento médico em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. O caso ocorreu em junho deste ano.
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A informação foi divulgada pela GZH, do Grupo RBS, nesta quarta-feira (6), e confirmada pela delegada Daniela Minetto ao g1.
“Concluí que a morte da criança não está atrelada à conduta médica. Não houve negligência ou imperícia dos médicos que atenderam a criança”, disse.
O caso passou a ser investigado após a família de Gustavo dos Santos Ribas denunciar um suposto erro médico. O menino havia sido internado, inicialmente, no Hospital Municipal Dia da Criança, onde os médicos teriam diagnosticado problemas no apêndice. No entanto, após ser transferido para o Hospital São Vicente de Paulo, a criança recebeu o diagnóstico de pneumonia, sofreu três paradas cardíacas e morreu.
Na época, o Hospital Dia da Criança disse ter realizado todos os exames no paciente e que ele já havia sido atendido outras vezes na unidade. O Hospital São Vicente de Paulo não se manifestou, em razão da Lei Geral de Proteção de Dados.
Relembre o caso
Polícia Civil investiga morte de criança em Passo Fundo
A situação teve início no dia 16 de junho, quando Gustavo relatou que não se sentia bem. Na noite, o pai, Volnei Ribas, levou o menino até o Hospital Dia da Criança e informou que o filho apresentava alguns sintomas como dores na costela, febre e vômito.
Segundo a família, os médicos plantonistas começaram a avaliar Gustavo. A partir dos resultados, apontaram que o paciente tinha inflamação no apêndice. O caso necessitaria de intervenção cirúrgica em outro hospital com estrutura para realizar o procedimento. Porém, tanto o Hospital São Vicente de Paulo quanto o Hospital de Clínicas não tinham vagas.
O pai de Gustavo relatou que, durante a madrugada, o quadro do menino havia piorado. Após isso, o menino foi transferido via SUS para o Hospital São Vicente de Paulo, onde uma vaga havia surgido. Na instituição, outros profissionais examinaram Gustavo e solicitaram a realização de uma tomografia, diagnosticando problemas no pulmão.
O quadro de inflamação no apêndice foi descartado através desse exame. A situação de Gustavo piorou hora após hora, mesmo com medicação para doença, segundo os familiares. A mãe, Luciane dos Santos, chegou no Hospital São Vicente de Paulo e pouco conseguiu falar com o filho caçula. O quadro do menino se deteriorou, e ele morreu.
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