Presidente do PT critica nota de correção do X, antigo Twitter, em seu post contra a alta dos juros

A presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou o X (ex-Twitter) por adicionar uma nota da comunidade na publicação em que ela critica o BC (Banco Central) por elevar a taxa de juros em 0,5 ponto percentual. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) foi tomada na última quarta-feira (6).

Gleisi ironizou ao chamar a rede social de “engraçada”. Ela perguntou qual o critério da seleção. “Eu sei quem são os diretores do BC, e vou continuar criticando a autoridade monetária toda vez que achar que estão errando na decisão”, declarou.

A petista disse que “a nota do Copom para ‘explicar’ a nova alta dos juros é puro terrorismo de mercado. Chega a projetar uma taxa Selic de 14,5% se não houver ‘mudanças estruturais’ no orçamento”.

A deputada acrescentou que considera “uma indecência usar esse tipo de chantagem, ameaçando até com disparada do câmbio, pra tentar impedir o governo de investir no crescimento e executar as políticas que atendem o povo”.

Entenda

A taxa básica de juros passou de 10,75% para 11,25% ao ano. Pouco depois da divulgação da taxa, Gleisi publicou: “Copom mantém a sabotagem à economia
do país e eleva ainda mais os juros estratosféricos. Irresponsabilidade total com um país que precisa e quer continuar crescendo”.

Então, uma nota foi adicionada pela rede social na publicação: “Este post omite um contexto importante, a decisão de aumentar a taxa da Selic para 11,25%. A foi feita de forma unânime por todos os membros do comitê. Inclusive, o atual indicado do governo para assumir a presidência do BCB Gabriel Muricca Galípolo, votou a favor”.

A decisão dos diretores da autoridade monetária foi unânime. É a 2ª vez que a autoridade aumenta o indicador em 2024 – com a diferença de que houve
uma aceleração em relação ao patamar de incremento, já que havia elevado os juros-base em 0,25 ponto percentual na reunião de setembro.

No comunicado, o colegiado reafirmou a necessidade de uma política fiscal que seja “crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal”.

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