Bandeira Verde: conta de luz fica mais barata em dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nessa sexta-feira (29), que as contas de luz terão bandeira verde em dezembro. Com isso, a conta de luz ficará mais barata – ao menos até o fim do ano. O órgão regulador atribuiu a medida a uma expressiva melhora nas condições de geração de energia.

Válida para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional, a nova cor encerrará um mês de cor amarela, que impõe cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 kilowatts (kWh) consumidos.

A bandeira ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida pela bandeira verde em agosto, vermelha patamar 1 em setembro, vermelha patamar 2 em outubro, e amarela em novembro.

Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao das fontes termelétricas – acionadas mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos.

“O sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática de o setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia”, salienta o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.

Dezembro será o primeiro mês sem cobrança adicional na conta desde agosto, quando a Aneel anunciou a transição de bandeira verde para vermelha patamar “1”, uma das mais caras no sistema de cores da agência.

Bandeiras de 2024

– Janeiro: verde.
– Fevereiro: verde.
– Março: verde.
– Abril: verde.
– Maio: verde.
– Junho: verde.
– Julho: amarela.
– Agosto: verde.
– Setembro: vermelha/patamar 1.
– Outubro: vermelha/patamar 2.
– Novembro: amarela.
– Dezembro: verde.

Impacto inflacionário

As bandeiras da Aneel sinalizam as condições de geração de energia no sistema elétrico. Quando chove e os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, o custo é menor, mas em momentos de seca o custo aumenta porque é necessário acionar mais usinas termelétricas –mais caras e poluentes.

O custo da energia, com o acionamento das bandeiras tarifárias nos últimos meses, tem sido um dos responsáveis pela alta na inflação. Em outubro, a inflação apresentou alta de 0,54%, influenciada sobretudo pela alta nos preços da energia elétrica residencial.

As cobranças extras na conta de luz se tornaram uma preocupação para o governo, que tem que cumprir a meta de inflação, de 3% em 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.

Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:

– Bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;

– Bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100 kWh);

– Bandeira vermelha/patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);

– Bandeira vermelha/patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).

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