“Memória da enchente de 2024 do RS” é o tema da redação do Vestibular UFRGS 2025

A prova de redação do Vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2025 trouxe como tema a memória sobre a maior enchente da história recente do Rio Grande do Sul. O exame apresenta o texto “Incêndio no Museu Nacional provoca reflexões: o Brasil é um país sem memória?”, de autoria do jornalista Leonardo Lichote, publicado no Jornal O Globo, em setembro de 2018. .

Na publicação, o jornalista parte do trágico incêndio que atingiu o Museu Nacional para tratar do tema da memória no Brasil, se questionando sobre como o País se tornou uma nação que “deixa sua História queimar”?. A seguir, traz posições de diferentes intelectuais sobre o cuidado com a memória brasileira.

Após apresentar o texto de referência, a prova traz ao candidato uma situação hipotética, em que ele é morador de alguma região do Rio Grande do Sul entre as que foram recentemente afetadas pela maior enchente que já atingiu o Estado.

A partir daí, um grupo de cidadãos apresenta a ideia de criar um memorial para reunir materiais da catástrofe, proposta que é rejeitada por parte da população. O tema é, então, debatido em audiência pública e o texto de Lichote é apresentado como argumento favorável à construção do espaço de memória. A controvérsia leva para a criação de uma comissão em que o candidato deve se posicionar sobre os argumentos do texto.

“Você acha que os argumentos apresentados por Lichote, referentes à construção da memória no Brasil, podem ser aplicados para discutir a construção, ou não, de um espaço de memória relativo à catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul?”.

Para ter a redação corrigida, o candidato deve constar na pré-classificação, ordenação preliminar, que inclui quatro vezes o número de vagas (em cada modalidade de ingresso). Para isso, também não pode zerar nenhuma das provas de múltipla escolha e deve computar pelo menos 30% de acertos nessas provas.

A prova de redação será avaliada em duas modalidades – analítica e holística – por examinadores distintos, e cada um atribuirá escores independentes. Se as notas forem discrepantes entre si, a redação será reavaliada por outro examinador, que irá ponderar sobre a propriedade das duas avaliações anteriores atribuindo novo escore.

Na correção analítica de conteúdo, é avaliado se o vestibulando é capaz de construir sua própria abordagem do tema a partir de um ponto de vista claro, consistente e autônomo e de estruturar competentemente a argumentação para sustentá-lo na progressão de sua redação.

No que diz respeito à expressão linguística, são consideradas convenções ortográficas, semântica, pontuação e sintaxe e morfossintaxe. Já na avaliação holística, se verifica o texto como uma unidade. A prova propõe uma temática que deve ser assumida pelo candidato para redigir um texto de certo tipo dentro de um limite preestabelecido de linhas. Considera-se que o candidato adota um ponto de vista, seleciona argumentos que lhe deem sustentação e constrói seu texto.

Neste ano, a prova de redação foi aplicada no segundo dia do Vestibular, diferente das edições anteriores em que os candidatos tinham que produzir o seu texto já no primeiro dia. Em cada um dos dias de realização do exame, os candidatos têm 5h e 30min para responder o caderno de provas.

O fechamento dos portões ocorreu às 14h, mas o início do cômputo do prazo para fazer os testes só inicia a partir do momento em que todos os candidatos já estão com o caderno de provas em mãos e já o tenham conferido. Por isso, o horário de término do Vestibular pode variar um pouco entre as salas e os locais de aplicação.

 

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