Polícia Civil gaúcha realiza operação contra o “golpe do falso investimento”

Com o apoio das Polícias Civis paulista e de Sergipe, a 3ª Delegacia de Polícia de Canoas deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a Operação Vegas, que investiga duas influenciadoras digitais de São Paulo e outros dois indivíduos que, em um curto período, movimentaram vultosas quantias de dinheiro oriundas do “golpe do falso investimento”.

A operação apura os crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Mandados judiciais foram cumpridos no Rio Grande do Sul, em São Paulo e Sergipe. Os policiais apreenderam celulares, cartões bancários, computadores, pendrives, carteiras físicas de criptomoedas e carros de luxo. Não houve prisões.

A investigação iniciou quando uma vítima procurou a Polícia Civil em Canoas e informou que, enquanto caminhava no Centro da cidade, foi abordada por um indivíduo que lhe pediu informações sobre o endereço de um escritório de investimentos. Após a vítima afirmar que não conhecia o local e tampouco o dono do escritório, o golpista passou a conversar com ela e lhe contar que seu pai havia falecido e que tinha deixado investimentos para saque naquele local. No mesmo instante, um outro golpista se aproximou da dupla, e o primeiro suspeito lhe questionou sobre o tal endereço. Esse segundo criminoso verificou em seu celular e informou o endereço e o telefone do local.

O primeiro golpista, então, ligou, tendo sido atendido por uma suposta secretária que informou que realmente existiam valores a receber, contudo, para o levantamento da quantia de R$ 2 milhões era necessária a presença de duas testemunhas. Ao chegar no local, a vítima foi ludibriada pelo grupo que a orientou a transferir R$ 40 mil a fim de garantir o saque do investimento ao golpista e receber uma recompensa.

“A equipe passou a identificar os prováveis recebedores das quantias transferidas pelas vítimas e verificou que inicialmente tratava-se de um grupo de Passo Fundo que repassava valores para criminosos de Sergipe, os quais administravam as contas bancárias e o dinheiro dos golpes e, após, repassavam para uma empresa de publicidade em nome de uma influenciadora digital da cidade de São Paulo”, informou a polícia gaúcha.

As influenciadoras, em suas páginas na internet, promovem especialmente propagandas de jogos ilegais. As duas ostentam uma vida de luxo nas redes sociais. O nome delas não foi divulgado.

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