Febre Oropouche registra mais de 12 mil casos em 2024 no Brasil

O Brasil teve 12.430 casos de Oropouche confirmados do início do ano até 20 de dezembro de 2024. Nesta mesma época, em 2023, foram registrados apenas 639 casos, segundo dados do Painel Epidemiológico do governo federal. A transmissão foi identificada em 22 Estados.

Apenas o Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, registraram somente casos importados, quando a pessoa contraiu a doença fora do Estado. O Ministério da Saúde confirmou em nota quatro óbitos causados pelo vírus e outras quatro mortes em investigação para saber se há relação.

A nota também revela a ocorrência de cinco casos de transmissão vertical do vírus, quando a transmissão é feita da mãe para o feto ou o recém-nascido.

Desses casos, houve quatro óbitos fetais e uma anomalia congênita. Outros 24 casos suspeitos estão sendo investigados, incluindo 20 óbitos fetais e quatro anomalias congênitas.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Os sintomas de infecção por Oropouche podem durar de 2 a 7 dias. Embora alguns sintomas sejam semelhantes aos da dengue, o Ministério da Saúde explica que o tratamento deve ser avaliado de acordo com cada caso, pois a doença ainda está sendo melhor compreendida. Os sintomas são:

– Febre
– Dor de Cabeça prolongada e intensa
– Dor muscular e nas articulações
– Tontura
– Dor nos olhos
– Calafrios
– Sensibilidade a luz
– Náuseas
– Vômitos

Medidas de prevenção

– Uso de telas e mosquiteiros: instale telas de malha fina (com gramatura inferior a 1,5mm) nas janelas e mosquiteiros para bloquear a passagem do vetor.
– Repelentes: embora a eficácia contra maruins não tenha comprovação, o uso de repelentes é recomendado para proteção contra outros insetos, como Culex e Aedes aegypti.
– Manejo ambiental: a principal medida de controle é a manutenção do ambiente limpo, evitando o acúmulo de material orgânico, como folhas e frutos de plantas.
– Cuidados com gestantes: As grávidas devem evitar atividades que envolvam risco de exposição ao vetor, como a limpeza de quintais.

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