Após prometer terminar guerra na Ucrânia em um dia, Trump afirma que conflito pode piorar

O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que a guerra da Rússia com a Ucrânia está “muito mais complicada” e que pode se agravar ainda mais. Trump já havia dito anteriormente, antes de vencer as eleições de 2024, que conseguiria acabar com o conflito em um dia.

“Antes mesmo de eu chegar ao Salão Oval [na Casa Branca], eu terei acertado rapidamente o guerra desastrosa entre Rússia e Ucrânia. Farei com que os problemas sejam resolvidos rapidamente. Não demoraria mais que um dia”, disse Trump em 2023.

Agora, ele criticou as táticas de negociação do presidente Joe Biden com a Ucrânia durante coletiva de imprensa em Mar-a-Lago nesta terça-feira (7), alertando que a guerra “pode escalar”.

“Essa guerra pode se agravar e ficar muito pior do que está agora”, acrescentou.

“Não posso confirmar isso, mas sei que Putin gostaria de se encontrar. Não acho apropriado que eu me encontre antes do dia 20”, Trump respondeu ao ser perguntado sobre quando planeja se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir assuntos relacionados à guerra contra a Ucrânia.

“Essa é uma guerra que nunca deveria ter acontecido. Garanto que, se eu fosse presidente [no período em questão], essa guerra nunca teria acontecido”, continuou.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora. As tensões se elevaram quando o presidente russo ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. As informações são do portal de notícias CNN Brasil.

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