Cinco funções de celulares que parecem indispensáveis, mas são puro exagero

Alguns recursos muito alardeados por fabricantes de celulares estão longe de serem indispensáveis para o dia a dia do consumidor comum. Telas com taxa de atualização extremamente elevadas, por exemplo, podem até parecer um grande diferencial, mas, na prática, o usuário mal consegue perceber a diferença entre 144 e 120 Hz. Além disso, em uma câmera, um conjunto diversificado de lentes e um software bem otimizado podem fazer mais sentido do que um número exagerado de megapixels (MP).

A seguir confira cinco funções de celulares que parecem indispensáveis, mas que, na realidade, são exageradas e pouco úteis no dia a dia. Aqui é explicado cada um desses recursos para que o leitor possa tomar a melhor decisão na hora de adquirir um novo smartphone.

1. Tela com taxa de atualização de mais de 120 Hz

Nem todos os itens desta lista são indispensáveis. Alguns atendem a públicos específicos, como as telas com taxas de atualização acima de 120 Hz. Um display de alta frequência garante a exibição de imagens mais fluidas e reduz borrões em cenas rápidas, sendo especialmente útil para jogadores que precisam de respostas ágeis em partidas competitivas.

Embora as fabricantes destaquem esse número como um diferencial, muitas vezes não explicam seus reais benefícios para o público em geral. Na prática, a diferença entre 90 Hz e 120 Hz já é sutil para o uso cotidiano. Acima disso, o impacto no dia a dia é mínimo, e taxas muito altas podem até comprometer a autonomia da bateria.

2. Resolução 4K na tela

Embora possa parecer essencial ter a maior resolução possível, há um limite para a percepção humana dos pixels na tela. Hoje, é comum encontrar smartphones com resolução até Quad HD (1440p), mas a diferença entre uma tela Full HD e uma 4K (3.840 x 2.160 pixels) tende a ser imperceptível no uso diário. Logo, além de aumentar o consumo de bateria, um painel 4K oferece poucas vantagens em comparação a uma tela Full HD.

Por outro lado, um fator menos destacado é a densidade de pixels, medida em pixels por polegada (ppi), que relaciona o tamanho da tela à sua resolução. O iPhone 16 Pro Max e o Galaxy S25 Ultra, por exemplo, têm 460 e 498 ppi, respectivamente. Na prática, qualquer valor acima de 300 ppi já garante imagens nítidas e sem pixels visíveis.

3. Gravação em 8K

Ainda falando sobre resolução, outro exagero é a gravação de vídeos em 8K. Poucos celulares oferecem essa qualidade, e a diferença para o 4K tende a ser imperceptível, especialmente porque telas compatíveis com 8K — sejam de celulares, monitores ou TVs — ainda são raras. Embora alguns defendam a ideia de preservar vídeos na melhor qualidade possível para o futuro, há poucas situações em que essa resolução realmente faz sentido.

Além disso, é importante lembrar que vídeos em 8K geram arquivos muito maiores, que consumirão mais espaço de armazenamento interno. Essa qualidade pode até ser útil em gravações de eventos importantes ou para produções profissionais, mas para a maioria dos usuários, o 4K já é mais do que suficiente.

4. Câmera de 108 MP ou mais

Muitas pessoas acreditam que quanto mais megapixels (MP) em uma câmera, melhor. Mas, na prática, isso não é verdade, porque a qualidade da foto depende de um conjunto de fatores além da resolução. Abertura da lente, software de processamento, tipo de lente, estabilização e zoom são exemplos de aspectos que influenciam diretamente o resultado final.

Na prática, um conjunto de apenas 50 MP com estabilidade óptica e pós-produção avançada pode produzir fotos bem melhores do que sensores de 200 MP mal otimizados. Por isso, ao comprar um novo celular, é preciso prestar atenção a termos como “óptico” para estabilidade e zoom, e na abertura da lente, que determina o quão bem iluminadas as fotos serão. Vale observar ainda a quantidade de sensores adicionais para outras propostas de captura (ultrawide, por exemplo).

5. Carregamento sem fio

O carregamento sem fio foi uma inovação bem vinda para os smartphones, mas não deve ser uma prioridade na hora da escolha de um novo celular. Embora tenha evoluído com o passar dos anos, essa modalidade continua lenta e menos prática, já que o smartphone deve ficar parado sobre a base, e nem sempre há estações compatíveis por perto. Em contrapartida, os carregadores convencionais evoluíram muito em velocidade.

Outra desvantagem dos carregadores sem fio é que eles tendem a desperdiçar energia no processo de carregamento e produzem calor excessivamente, o que pode prejudicar a bateria do celular ao longo dos anos. Também pesa conta esse tipo de carregamento o preço cobrado pelas bases de indução. Sendo assim, optar por um carregador convencional costuma ser uma opção mais segura e barata.

 

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