Sem água e luz, Arena do Grêmio encaminha desabrigados dos temporais para espaços municipais


Em nota, administração do estádio afirma que espaço acolheu mais de 500 pessoas e “não tem mais condições de manter sua função de abrigo”. Até o momento, chuvas no estado já deixaram 83 mortos e 111 desaparecidos. Vídeo mostra como ficou o gramado da Arena do Grêmio após cheias em Porto Alegre
A Arena do Grêmio, em Porto Alegre, afirmou, nesta segunda-feira (6), que não tem mais estrutura para acolher desabrigados dos temporais no Rio Grande do Sul. Além do gramado alagado, a administração afirma que está sem água e luz e, por isso, faz o translado de mais de 300 pessoas a abrigos municipais.
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Na madrugada de sábado (4), o local acolheu, de forma temporária, cerca de 80 moradores da comunidade local, em razão das chuvas. A administração afirmou que, entre as pessoas, estavam crianças e uma mulher grávida.
A Arena do Grêmio se localiza próximo à foz do Rio Gravataí no Rio Jacuí, em Porto Alegre e inundou neste sábado (3). O espaço se localiza no bairro Humaitá, na Zona Norte, e é mais um local fortemente atingido pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul.
Na capital, o Guaíba ultrapassou a cota de inundação de três metros e atingiu 5,3 metros neste domingo (5). A previsão é de que o nível da água permaneça em cerca de 4 metros por até 10 dias, segundo especialistas.
Gramado da Arena do Grêmio ficou inundado, assim como os arredores do estádio em Porto Alegre
Amanda Perobelli/Reuters
Área externa da Arena do Grêmio foi tomada pela água em Porto Alegre
Amanda Perobelli/Reuters
Gramado da Arena do Grêmio ficou inundado, assim como os arredores do estádio em Porto Alegre
Amanda Perobelli/Reuters
Temporais no RS
Além das mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul desde 29 de abril, 364 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 873 mil pessoas.
O último levantamento da Defesa Civil, na tarde desta segunda-feira (6) aponta que 149,3 mil pessoas estão fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos).
Em razão disso, o Piratini decretou estado de calamidade, situação que mobilizou autoridades de Brasília ao Rio Grande do Sul. Com a medida, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Na Capital, as principais rotas de acesso e saída estão bloqueadas. Além disso, o aeroporto Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado, assim como a Rodoviária de Porto Alegre.
A causa das chuvas está associada a três fenômenos, de acordo com os meteorologistas: correntes intensas de vento, um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
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