Petistas aconselham Lula acelerar a reforma ministerial após divulgação da pesquisa Datafolha

“Freio de arrumação” de um lado e “pé no acelerador” de outro. Petistas  defendem uma “chacoalhada” no governo e querem apressar a reforma ministerial, depois da divulgação da pesquisa Datafolha que mostra queda de 11 pontos percentuais na avaliação positiva da gestão em dois meses.

O entendimento é de que as trocas na Esplanada dos Ministérios podem melhorar a capacidade de disputa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Está na hora. A reforma já está caindo de madura”, analisa o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).

Segundo os governistas, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, agora está vendo na pele as dificuldades de ser governo.

A defesa é para que quem embarque no Lula 3 realmente ajude o governo a enfrentar a guerra de narrativas, algo que petistas apontam que nem todos os ministros fazem.

É preciso entender como blindar o governo e como falar do governo, avaliam petistas. Isso passa por ter mais zelo ao falar publicamente porque tudo pode ser positivo ou negativo e é preciso evitar que as coisas boas se transformem em coisas ruins.

Um exemplo que se tornou um case histórico é a crise do Pix, que junto com o preço dos alimentos, é apontada pela base aliada como uma das grandes responsáveis pela queda de popularidade de Lula.

Reservadamente, membros do Palácio do Planalto avaliam que o governo perdeu tempo e que a troca na comunicação deveria ter sido feita muito antes. Agora, a defesa é para que Lula ligue o “modo turbo” no projeto eleitoral. As informações são do portal CNN.

Popularidade de Lula

Pesquisa Datafolha aponta que 24% dos eleitores brasileiros aprovam o governo do presidente Lula (PT) e que 41% reprovam.

Dos entrevistados, 32% avaliam o governo como regular, e 2% não souberam ou não responderam.

Segundo o Datafolha, é o pior nível de aprovação em todos os três mandatos do presidente Lula, e a reprovação também é recorde.

Antes, Lula havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato, que ocorreu de 2003 a 2006. Já o maior índice de ruim e péssimo tinha sido registrado em dezembro de 2024, e foi de 34%.

O levantamento ouviu 2.007 eleitores de 113 cidades entre segunda-feira (10) e terça-feira (11). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, a aprovação de Lula era de 35% e a reprovação, 34%. Consideraram o governo regular 29% e 1% não soube ou não respondeu.

Veja os números:

Ótimo/bom: 24% (eram 35% em dezembro);
Regular: 32% (eram 29% em dezembro);
Ruim/péssimo: 41% (eram 34% em dezembro);
Não sabem: 2% (era 1% em dezembro).

De acordo com o levantamento, no mesmo período do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha uma reprovação semelhante: 40% consideravam seu governo ruim ou péssimo e 31% achavam ótimo ou bom. As informações são do portal G1.

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