Ataque aéreo de Israel em Gaza mata líder do Hamas e ao menos 30 pessoas

Um ataque aéreo israelense realizado neste domingo (23) matou um líder político do Hamas e pelo menos 30 pessoas na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. A ofensiva integra uma nova etapa da operação militar conduzida por Israel no território palestino.

Conforme fontes ligadas ao Hamas, o principal alvo do bombardeio foi Salah al-Bardaweel, integrante do gabinete político do grupo. A esposa dele e outros membros da cúpula da organização também estão entre os mortos, segundo relatos locais. Entre as vítimas estariam Essam Addalees, chefe do governo de fato do Hamas, e Mahmoud Abu Watfa, líder da segurança interna.

O ataque ocorreu enquanto as Forças de Defesa de Israel realizam incursões simultâneas em diferentes áreas de Gaza. Desde sábado (22), tropas atuam na região de Beit Hanoun, no norte do território. Em nota divulgada pelo canal oficial do Exército no Telegram, as forças israelenses informaram que os bombardeios têm como alvo a infraestrutura da organização.

O comunicado reforça que o objetivo é ampliar a zona de segurança no norte da Faixa de Gaza. A nota ainda informa que civis estão sendo orientados a evacuar as áreas sob combate, enquanto as operações militares devem prosseguir.

Também neste domingo, as autoridades israelenses afirmaram ter interceptado um míssil lançado do Iêmen. O projétil foi derrubado pela Força Aérea antes de atingir o território israelense. Sirenes de alerta ficaram acionadas em diversas regiões do país.

Ordem de evacuação

No sul de Gaza, uma nova ordem de evacuação foi emitida para o bairro de Tel al-Sultan, em Rafah. O porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee, pediu que os moradores deixem a região, considerada zona de combate ativa.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, o número de mortos na guerra iniciada em 7 de outubro de 2023 já chegou a 50.021.

Em entrevista coletiva realizada no Cairo, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, classificou a situação atual como “completamente inaceitável”. Ele afirmou que o retorno ao cessar-fogo entre Israel e Hamas é “a única solução realista” no momento, defendendo também a libertação dos reféns e o fim da “política de fome” no território.

A alta representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, participou da mesma coletiva e informou que viajará nesta segunda-feira (24) a Israel e aos territórios palestinos. Segundo o Serviço de Ação Externa da UE, o objetivo da missão é dialogar com autoridades locais e cobrar a retomada do cessar-fogo.

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