Uma COP, duas sedes

O Governo Federal estuda dividir a COP30 em duas sedes: Belém, como já anunciada, e Rio de Janeiro. A capital do Pará sediaria os debates e a Carta Acordo, recebendo comitivas diplomáticas, cientistas, ambientalistas; enquanto o Rio hospedaria os presidentes, por poucos dias. A agenda dos estadistas incluiria um dia em Belém para assinar a Carta e uma foto oficial. A falta de leitos e hotéis para um evento do porte fez de Belém refém de especulação imobiliária com a demanda estrangeira. Proprietários oferecem casas “de luxo” por até R$ 3 milhões para apenas 15 dias de hospedagem em novembro. Resultado: Grandes empresas negociam a compra de algumas casas, para hospedar seus diretores – e vão vendê-las em seguida. E as ONGs que não têm verba fecham parcerias com escolas e faculdades da região metropolitana para hospedar seus integrantes. A Coluna apurou que o Governo do Pará vai lançar um site com ofertas de hospedagens a preços justos, de proprietários de imóveis e hotéis cadastrados, na tentativa de frear a ganância e facilitar o acesso ao evento.

Futuro difícil
Apesar de estar muito empolgado com sua pré-candidatura a deputado federal, o ex-ministro José Dirceu (PT) terá dificuldades para se eleger. Seja pelo DF, onde pretende, ou São Paulo, onde já disputou. A costura para os palanques proporcionais está praticamente fechada nas capitais. Em Brasília, sua aposta seria fechar chapa com a deputada Érika Kokay (PT), que pretende se lançar ao Senado. Mas a fila é grande.

Corra, Mauro, corra!
Com a justificativa de que precisava cuidar da agenda da primeira-dama Janja da Silva em Paris, em evento de nutrição, o chanceler Mauro Vieira não apareceu, novamente, à Comissão de Relações Exteriores do Senado. Já são dezenas de convites no Congresso. A base o blinda, e a oposição aponta seu receio de responder pelos desmandos de Janja e pela desastrada política internacional de Lula da Silva III.

Barreira aqui, também
A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou o PL 2088/23, que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil, para empresas estrangeiras que vendem aqui. É o troco do agro brasileiro, que sofre para exportar a bons mercados na Europa, em especial, porque esbarra em critérios em muitos casos abusivos, por protecionismo do país destino. A decisão ficará com a caneta do Barba.

Lira na vitrine
Antes de retornar à “planície”, Arthur Lira fez um único pedido aos palacianos: manter o apadrinhado Carlos Vieira na presidência da Caixa. E foi atendido. Com Vieira – também endossado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – ninguém mexe. Outro acordo de Lira foi com o partido: A nomeação para presidente da Federação PP-União. O deputado Elmar Nascimento (PP-BA) será o Secretário-Geral.

O homem de Teerã
O governo do Irã concedeu o seu aceite à indicação de André Veras Guimarães como futuro Embaixador do Brasil em Teerã. Atualmente, Guimarães é o diretor do Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica do Itamaraty. Ligado ao PT, o diplomata poderá recolocar o Irã na agenda do governo Lula III. A conferir.

Leandro Mazzini

@colunaesplanada

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