Em áudio, ex-mensaleiro admite ser dono de agência

Enrolado no mensalão, um dos maiores escândalos de corrupção da História, José Roberto Moreira de Melo enviou aos filhos debochado áudio onde diz ser o verdadeiro dono de uma agência de publicidade que tem contratos com o governo Lula, a Filadélfia. No áudio, liberado pela filha do ex-mensaleiro, ele diz que não pode ter nada no próprio nome para não “arrumar briga com a procuradoria”. Melo é intrigado com os filhos, que nem o atendem, e por isso mandou mensagem de áudio para jactar-se de que se deu bem, ficou rico, mas os filhos o ignoram.

13 cabalístico

A Filadélfia tem capital social de cerca de R$13 milhões. Registro na Receita Federal indica Erica Fantini Santos como diretora da agência.

Nadando na grana

Érica é enteada de Melo e citada no deboche aos filhos como exemplo da dinheirama que a empresa levou: “Acabou de comprar um Porsche”.

Negócio familiar

Quem toca os negócios também é parente de Melo: o CEO da Filadélfia Comunicações é Rodrigo Rocha, casado com Érica, sua enteada.

Não é comigo

A Filadélfia diz que Melo “não possui qualquer vínculo societário com a empresa”, “não integra a gestão” e não participa de decisões da agência.

Salles quer ser Bukele na segurança pública de SP

Ex-ministro do governo Bolsonaro, o deputado Ricardo Salles (Novo-SP) anunciou, em entrevista ao podcast Diário do Poder, que é pré-candidato ao Senado ou ao governo de São Paulo, caso Tarcísio de Freitas (Rep), atual governador, deixe o cargo em 2026. Salles reafirmou que o melhor candidato a presidente é Jair Bolsonaro (PL), mas caso o ex-presidente seja impedido e Tarcísio o candidato da oposição, ele promete lançar candidatura e priorizar a segurança: “São Paulo precisa de um Bukele”.

Referência

Nayib Bukele é o presidente de El Salvador que livrou o país das garras do crime organizado e meteu mais de 40 mil bandidos na cadeia.

Potencial

Atual deputado federal, Salles foi o quinto mais votado de todo o País e acredita que em 2026 terá apoio de Bolsonaro e até mesmo de Tarcísio.

Tudo indica…

Salles revelou, em entrevista ao podcast Diário do Poder, que não acredita ser justo o julgamento do ex-presidente no STF.

Ato falho freudiano

Psicanalistas foram à loucura com o exemplo de ato falho descrito por Sigmund Freud, quando Cristiano Zanin se referiu a acusados de “golpe” como “réus”, antes mesmo de isso ser oficializado. Depois se corrigiu.

Só no sapatinho

Lula desembarcou no Japão fazendo pose de milionário, com um par de sapatos Zegna SecondSkin Triple Stitch. O valor dos sapatos, R$10,5 mil, equivale a cerca de um terço do salário do presidente da República.

Ouvidos moucos?

Chamou a atenção um certo desdém de ministros enquanto advogados se sucediam em sustentações orais que demoliam acusações. Não pareciam interessados. Só faltou mexer no celular para passar o tempo.

Suspeição cancelada

Em qualquer tribunal do mundo haveria declaração voluntária de suspeição de juízes que foram advogado ou aliado de parte interessada ou que opinaram sobre o caso. Em qualquer outro lugar do mundo.

Demóstenes arrasou

O ex-senador Demóstenes Torres revelou no STF, em elogiada defesa do almirante Almir Garnier, que a PF periciou 250 milhões de mensagens do “golpe” e não encontrou uma só enviada ou recebida pelo cliente.

Fux fala com autoridade

O que dá relevância às divergências de Luiz Fux é sua rara autoridade: era experientes juiz antes de chegar ao STF, onde, aliás, há até ministro que foi reprovado em concurso para juiz de primeira instância.

OAB dando vexame

A OAB não foi muito além do “acompanha com atenção” na protocolar nota após a detenção do advogado Sebastião Coelho no julgamento do suposto golpe. Nada de desagravo, nem mesmo citou o advogado.

A conta é sua

O senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) catou a malandragem do governo Lula na tal reforma do IR, “O que ele deveria fazer? Cortar despesas. Não, ele não faz isso; ele aumenta o imposto de outro”.

Pensando bem…

…as preliminares discutidas no STF tiveram pinta de ato consumado.

PODER SEM PUDOR

Sinceridade indesejada

Paulo Maluf deixava o governo paulista, em 1982, e tentava emplacar Reynaldo de Barros à sua sucessão, levando-o a inaugurações de obras. Numa delas, na periferia, foi abordado por um morador, que se queixava da vida, da sorte e, sobretudo, de sua casinha perigosamente à beira de um barranco. Maluf achou encanto na tragédia pessoal do cidadão: “⁠Veja que linda vista o senhor tem! E perto do novo cartão postal da cidade!” Chamou Reynaldo, que estava a alguns metros, para ganhar aquele voto. Mas o candidato de Maluf observou, com estonteante sinceridade: “⁠É, realmente o senhor mora num lugarzinho bem ruim…” Maluf jamais o perdoou.

(@diariodopoder)

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