Lula critica Projeto de Lei da Anistia, mas nega ter falado com o presidente da Câmara dos Deputados e do Senado sobre o assunto

O presidente Lula negou que tenha discutido durante a viagem ao Japão e ao Vientã assuntos internos com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União – AP), ou com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB).

A comitiva brasileira deixa o Vietnã em direção ao Brasil ainda neste sábado.

Lula também afirmou que não conversou com os líderes do Congresso sobre o projeto de anistia para os suspeitos de tentativa de golpe de Estado — entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não conversei com o Hugo nem com o Alcolumbre, mas eu acho que anistia não é o tema principal neste instante. Tem muita coisa importante no Congresso Nacional que pretendo discutir. E é isso que quando eu voltar para o Brasil vou conversar com o Hugo e com o Alcolumbre”, afirmou Lula.

O PL da anistia tramita neste momento na Câmara dos Deputados. Mas o presidente da casa tem demonstrado resistência em pautar o tema, assim como os líderes dos principais partidos do Centrão.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso, entretanto, ameaçam travar a pauta do legislativo caso o tema não chegue ao plenário. Estratégia que incluiria uma possível obstrução de todas as comissões permanentes da Câmara. As informações são do portal CNN.

Bolsonaristas usam projeto de anistia para pressionar STF e reduzir pena do ex-presidente

Após Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados se tornarem réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, bolsonaristas veem o projeto de anistia como uma forma de pressionar a Corte na discussão da dosimetria: buscar penas menores para o ex-presidente e outros investigados no golpe.

Segundo lideranças políticas ouvidas pelo blog, a intenção bolsonarista é clara: transformar o projeto que tramita na Câmara em moeda de troca. Ao colocarem o tema em pauta, buscam pressionar o STF por penas mais brandas aos envolvidos no 8 de janeiro e na tentativa de golpe de Estado, incluindo Bolsonaro.

De acordo com líderes do centro e do centrão, a tramitação da proposta está agora nas mãos do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Eles avaliam que há votos suficientes para aprovar a urgência do projeto, mas a decisão de pautar ou não só depende de Motta, que virou alvo da tropa de choque bolsonarista.

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