Nos últimos dias, se você passou por uma farmácia ou deu aquela espiadinha nos trends de saúde e bem-estar, deve ter se deparado com um nome que está dominando as conversas: Mounjaro.
O remédio que fez barulho nos Estados Unidos por sua eficácia em emagrecimento acaba de chegar oficialmente ao Brasil. E chegou com tudo: fila de espera, estoque esgotado em várias redes e aquela sensação de “nova promessa milagrosa”. E eu entendo a empolgação — de verdade. Afinal, o Mounjaro vem com uma promessa tentadora: emagrecer até 20% do peso corporal, com base em evidências científicas.
Mas deixa eu te fazer um convite: e se a gente for além do hype?
O que é o Mounjaro e por que ele virou febre?
O Mounjaro (nome genérico: tirzepatida) é um medicamento da classe dos análogos de GLP-1, assim como o famoso Ozempic, mas com um diferencial: ele também age em outro receptor chamado GIP. Isso significa que ele atua em duas frentes — ajudando no controle da saciedade e da glicemia de forma mais potente.
Ele foi aprovado no Brasil pela Anvisa para o tratamento de diabetes tipo 2, mas está sendo amplamente prescrito para perda de peso, especialmente em pacientes com obesidade ou sobrepeso com comorbidades.
A promessa: rápida, tentadora e… perigosa se mal usada
Sim, os estudos mostram perda significativa de peso. Sim, pode ser um divisor de águas para algumas pessoas. Mas deixa eu te dizer com todo carinho — esse remédio não resolve sua relação com a comida, nem ensina seu corpo a ter autonomia.
Ele pode suprimir a fome, mas não apaga os gatilhos emocionais. Ele pode ajudar no começo, mas não te mostra como manter o resultado. E, principalmente: ele pode ter efeitos colaterais importantes se você não tiver orientação adequada.
Entre os mais comuns: náuseas, constipação, dores abdominais, perda de massa muscular, cansaço e até alteração no paladar. E, vamos combinar, se o remédio causa perda de apetite, é essencial que o pouco que você come seja altamente nutritivo, planejado e estratégico.
A parte que ninguém fala: o papel da nutrição nesse processo
Tenho recebido novas pacientes com a receita do Mounjaro em mãos, empolgadas e esperançosas — e, em muitos casos, completamente perdidas. Não sabem o que comer. Não têm ideia se podem continuar com seus treinos. Estão com medo de passar mal. Ou pior: comendo “qualquer coisa” só porque não estão sentindo fome.
E é aqui que eu preciso te lembrar: não existe resultado sustentável sem estratégia nutricional. Porque o que realmente transforma o corpo não é o remédio. É o que você faz com a ajuda dele.
O Mounjaro pode ser o que te ajuda a iniciar a jornada. Mas o que vai garantir que você chegue até o final e mantenha os resultado é o plano alimentar certo, os ajustes semanais e o suporte real que respeita seu corpo e sua rotina.
E se você parar?
Outro ponto que poucas pessoas estão considerando: o que acontece quando o tratamento termina? Em estudos com pacientes que pararam o uso do Mounjaro sem acompanhamento nutricional, muitos recuperaram o peso — e mais do que isso, voltaram a hábitos antigos com ainda mais frustração. Porque, afinal, nada mudou de verdade. Só o número na balança.
Não é sobre remédio ou dieta. É sobre estratégia, constância e reeducação emocional.
Se você está cogitando usar Mounjaro, minha sugestão é: não entre nessa sem uma nutri do seu lado. E não digo isso por “defesa de classe” — digo porque já vi de perto pessoas se frustrando profundamente por esperar que o remédio fizesse tudo sozinho.
Você não precisa sofrer para emagrecer, mas precisa estar consciente.
Consciente do que entra no seu prato, do porquê você come, dos seus gatilhos, da sua rotina, da sua realidade.
No meu método, o Essência, o foco está em construir um processo de emagrecimento que funcione com ou sem Mounjaro. Porque o objetivo real não é emagrecer por alguns meses. É emagrecer com leveza e manter o resultado por uma vida inteira.
Se quiser saber como isso funciona na prática, ou se está pensando em iniciar um tratamento com Mounjaro e quer entender como montar um plano alimentar inteligente, individualizado e sem sofrimento — me chama. Porque a gente precisa conversar.
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