Parede e placa histórica no Mercado Público de Porto Alegre mostram o impacto da enchente deste ano em relação a 1941

O Mercado Público de Porto Alegre ainda exibe a marca da grande enchente de 1941, que foi superada em maio de 2024. No interior, ao lado do portão que dá acesso pelo Largo Glênio Peres, uma placa de metal indica a altura da água em 8 de maio de 1941.

A histórica placa ficou debaixo d’água. Quando a água recuou, a marca da água na parede permitiu comparar os níveis das duas enchentes dentro do Mercado Público, um símbolo de Porto Alegre.

Enchente de 1941

A chuva no Estado começou em 10 de abril, uma Quinta-Feira Santa. Por 35 dias, o Estado foi castigado por temporais. Em Porto Alegre, choveu em 22 dias durante esse período, acumulando 619,4 milímetros.

Após o caos no interior, os rios Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí encheram o Guaíba. Com 272 mil habitantes, Porto Alegre viu suas principais áreas comerciais e industriais submersas no início de maio, quando o vento Sul represou o Guaíba.

As consequências da enchente de 1941 foram sentidas por muito tempo. Em 1967, outra cheia do Guaíba inundou partes da cidade. Após esses episódios traumáticos, Porto Alegre construiu o muro da Avenida Mauá e um sistema de diques.

Enchente de 2024

O Mercado Público de Porto Alegre, que teve o primeiro piso completamente inundado, será reaberto parcialmente em junho. O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbosa, na quinta-feira (23), durante o início dos trabalhos de limpeza do mercado no Centro Histórico. A higienização do prédio deve durar cinco dias. No sábado, os permissionários poderão acessar as 80 bancas afetadas. As marcas d’água ao redor do prédio mostram que a água atingiu 1,70m de altura, superando a enchente de 1941.

A limpeza foi realizada somente no andar térreo, a área diretamente afetada pela inundação. Marcas de cor marrom nas paredes, com pelo menos 1,50 cm de altura, mostram até onde a água avançou, tanto dentro quanto fora do Mercado Público, no auge da enchente histórica que superou a de 1941. Ainda não há previsão para a continuidade dos trabalhos.

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