Leite queria perdão da dívida, mas Haddad ofereceu suspensão e renúncia de juros

Durante as negociações entre o governo federal e o gaúcho sobre a suspensão da dívida do estado, o governador Eduardo Leite pediu a “quitação” dos valores devidos pelo estado. O Ministério da Fazenda, por sua vez, ofereceu a suspensão das obrigações por três anos e o perdão a juros sobre o estoque.

O próprio governador do Rio Grande do Sul confirmou sua demanda em transmissão nesta segunda-feira (13), em que foi anunciada a suspensão. Na prática, Leite pediu o perdão de R$ 92,8 bilhões — dívida consolidada líquida do estado com a União.

“A nossa demanda inclui um pedido de quitação dos valores. Até aqui, isso não se viabilizou”, disse o governador.

Após a fala do gaúcho, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, destacou as cifras envolvidas na oferta da Fazenda, que totalizam R$ 23 bilhões em socorro ao estado.

Caso o projeto de lei complementar (PLC) a ser enviado ao Congresso Nacional seja aprovado, imediatamente serão liberados ao estado R$ 11 bilhões em recursos financeiros, que podem ser utilizados nos próximos 36 meses.

Além disso, ao final do período de três anos, os juros serão perdoados, o que resultará em uma renúncia de R$ 12 bilhões adicionais por parte da União (em valores que seriam pagos pelo estado).

O cálculo é o seguinte: são cerca de R$ 100 bilhões em dívidas, sendo que incidem 4% em juros ao ano; por três anos, os valores pagos totalizariam R$ 12 bilhões.

“O juro estará sendo perdoado. Só para que fique registrado”, respondeu o ministro da Fazenda minutos depois.

Os valores se somam a outros R$ 12 bilhões em recursos orçamentários destinado ao estado. O presidente Lula, que participou do anúncio, pediu a Eduardo Leite, após sua “troca” com Haddad, que “não pare de reivindicar ajuda ao Rio Grande do Sul”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Leite queria perdão da dívida, mas Haddad ofereceu suspensão e renúncia de juros no site CNN Brasil.

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