Escolta da EPTC amplia a segurança e agilidade do abastecimento de Porto Alegre

Desde o início das enchentes em Porto Alegre, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já realizou mais de 170 escoltas para ampliar a segurança e agilidade nos deslocamentos de insumos para o abastecimento da cidade. A maioria dessas operações está relacionada à entrega de água a hospitais, bem como de mantimentos para centrais de distribuição que atendem os abrigos emergenciais.

O procedimento é organizado pela Central de Regulação de Escoltas Humanitárias, criada para gerenciar demandas oriundas da Defesa Civil, concessionária CEEE-Equatorial, Exército, Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Brigada Militar (BM), Exército, Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e entidades civis.

“Essa é uma parte fundamental de nosso trabalho, que tem sido facilitado pelo corredor humanitário”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto. Ele se refere ao caminho de aterro e pedras construído pela prefeitura sobre trecho inundado de 300 metros entre o viaduto da avenida Castelo Branco e o Túnel da Conceição (Centro Histórico).

Após uma triagem para a verificação de disponibilidade de rotas entre os municípios, as demandas são encaminhadas aos postos de controle avançado da EPTC. Tais unidades são responsáveis pelo deslocamento seguro de cargas, muitas das quais chegam à capital gaúcha a bordo de comboios.

Em grande parte das vezes, o acompanhamento prossegue até o limite do perímetro urbano, onde a atribuição passa a ser da PRF ou do Comando Rodoviário da BM, dando sequência á logística. O gerente de Controle e Monitoramento da Mobilidade da EPTC (responsável pela regulação das escoltas), Vinicius Fachin Ross, ressalta:

“As prioridades são definidas conforme as necessidades provocadas pela situação de emergência. Em primeiro lugar estão os insumos para hospitais, como oxigênio, medicamentos e água. Depois vêm os combustíveis, mantimentos para os abrigos e produtos para tratamento de água”.

Transporte de pessoas

Durante a catástrofe ambiental que atinge Porto Alegre e centenas de outras cidades, a EPTC também atua no transporte de pessoas com necessidades específicas. Uma das ações de destaque foi a condução de um menino autista de 2 anos, levada de um abrigo no bairro Passo D’Areia (Zona Norte) até a cidade de Butiá (Região Carbonífera).

A criança estava na Capital com o pai e precisa voltar para casa, onde a mãe a aguardava. O deslocamento foi realizado em viatura da corporação municipal sob escolta da PRF. Outras dezenas de gaúchos foram beneficiados pela iniciativa, assim como donativos, em meio a um cenário de redução da oferta de ônibus.

(Marcello Campos)

Adicionar aos favoritos o Link permanente.