Ações do governo Lula na enchente levam RS a crescer e se recuperar, diz bancada da Federação Brasil da Esperança

A atuação do Governo Federal na reconstrução do Rio Grande do Sul depois das enchentes de maio/junho é um bom exemplo e referência para outros estados do Brasil e até para outros países. Esta é a avaliação do líder da bancada da Federação Brasil da Esperança (PT e PCdoB) da Assembleia Legislativa, Miguel Rossetto (PT).

O deputado aponta que o RS só ganhou com as ações do governo Lula. Foram suas cinco visitas a regiões do estado e o cumprimento quase total das promessas que fez nos primeiros dias, quando trouxe lideranças da União, ministros, STF, Contadoria, Tribunal de Contas, Senado e Câmara para apressar todas as ajudas possíveis e necessárias para amenizar os violentos estragos provocados pelas chuvas.

Enquanto o governador Eduardo Leite (PSDB) até hoje cobra publicamente do Governo Federal e pede novas ajudas, o estado não reconhece os esforços que foram feitos em todas as áreas, na avaliação da bancada.

“De fato, foi o Lula que governou o Rio Grande nesse período. O Eduardo Leite fez a pior das escolhas, quando o Rio Grande do Sul mais precisava de um governo, ele fez a escolha errada, escolheu o conflito, conflito com o presidente Lula, conflito com os municípios, conflito com a sociedade. Infelizmente, orientado por essa fantasia ambiciosa dele da presidência da república. Perde o Rio Grande com isso”, disse Rossetto.

Para a bancada, o governo Lula teve uma atuação “extraordinária” no pós-enchente, que permitiu ao estado fechar o ano com crescimento econômico de 4,1%, segundo a Federação das Indústrias do RS (Fiergs), mesmo com todas as adversidades e a crise monumental causada pelas chuvas. Foram destinados ao estado um total de R$ 88 bilhões para a reconstrução do RS e de outros R$ 17,5 bilhões em antecipação de benefícios e prorrogação de tributos.

Benefícios dados ao RS

O RS também foi beneficiado de outros R$ 18,1 bilhões por meio da redução dos juros de 4% para zero da dívida com a União e de outros R$ 14 bilhões pela suspensão da dívida por 36 meses, dos quais R$ 11,4 bilhões serão contabilizados durante o governo Leite (R$ 1,9 bilhão em 2024, R$ 4,2 bilhões em 2025 e R$ 5,3 bilhões em 2026).  Além disso, por meio da Medida Provisória 1.278, de 11 de dezembro, que autorizou a União a participar do Fundo de Qualificação e Recuperação da Infraestrutura (Fundo de Proteção contra as Cheias – Diques), outros R$ 6,5 bilhões serão destinados ao estado.

As declarações dadas em encontro da bancada com a imprensa, conforme o Sul 21, foi motivado por declarações do governador Leite na cerimônia de divulgação do balanço do ano de 2024. Quando ele anunciou que investiu, por meio do Plano Rio Grande, R$ 4,1 bilhões em ações de retomada e reconstrução provocadas pela enchente.

Conforme os políticos da oposição na Assembleia, após levantamento de tudo o que foi feito pela União, este valor se refere ao que foi disponibilizado pelo Plano Rio Grande até o momento, mas não ao valor executado. Citando dados disponibilizados pelo Portal Transparência até 16 de dezembro, a bancada destaca que o valor executado até o momento é de apenas R$ 1,765 bilhão, o que representa 42,8% do valor anunciado.

Eles condenaram também a fala desrespeitosa e irônica de Leite que afirmou o seguinte: “Não posso dizer que o Governo Federal não tenha feito nada, mas não posso dizer que eles fizeram tudo o que disseram que fizeram. Mas prefiro ver aquilo que foi feito. Estamos convergindo, que bom”.

Símbolos da recuperação

Para o deputado Rossetto, existem três símbolos dessa presença do Governo Federal na recuperação e reconstrução: o metrô opera, o aeroporto opera, as BRs operam e a ponte do rio Caí, Caxias-Nova Petrópolis, a maior obra da reconstrução, foi entregue. “Isto deve ser identificado, porque é uma referência exemplar de como atuar no momento de crise aguda como nós vivemos aqui por conta dos eventos climáticos extraordinários”, disse ao Sul21.

“Quando alguns falavam em 10 anos para recuperação do Rio Grande do Sul, nós estamos saindo de 24 com o estado já em reconstrução e entra 2025 com crescimento. Portanto, é um desempenho extraordinário que nós fizemos aqui, a partir da mobilização do povo gaúcho e da liderança do presidente Lula”, afirma.

Pepe Vargas (PT) disse que “o desmonte do estado, patrocinado pelo governo Leite, cobra seu preço”. Segundo ele, a escassez de equipes técnicas provoca demora na elaboração de projetos e processos de licitação. “Leite não entregou nenhuma ponte, das que ruíram em rodovias estaduais, devido às enchentes de 2023/2024. A maioria delas sequer teve início das obras”, afirmou o deputado, que será presidente da Assembleia Legislativa em 2025, com o tema da sustentabilidade.

PSDB discorda

O líder da bancada do PSDB, partido do governador, deputado Professor Bonatto, refutou as declarações de Rossetto e de integrantes da bancada de oposição na Assembleia. Para ele, “o estado do Rio Grande do Sul tem governo”. A afirmação é uma resposta à afirmação de Rossetto dizendo que o presidente Lula governou o Rio Grande do Sul durante a enchente.

Confira íntegra de nota da bancada do PSDB sobre o tema:

“O Estado do Rio Grande do Sul tem governo. Pela primeira vez em sua história, os gaúchos reelegeram um governador, demonstrando plena confiança na liderança de Eduardo Leite e na continuidade de uma gestão responsável e transformadora. Esse respaldo histórico reflete a aprovação popular a um governo que tem enfrentado desafios com seriedade, promovendo avanços significativos para o povo gaúcho.

Sob a condução de Eduardo Leite, o Estado se destaca por ações estruturantes como o Plano Rio Grande, um projeto participativo que conduz a reconstrução pós-enchentes, envolvendo sociedade, municípios, instituições e a Assembleia Legislativa. O plano reforça o compromisso do governo em fortalecer o Rio Grande, com transparência, resiliência e visão de futuro.

Parcerias com o governo federal também têm sido cruciais. O governador, em negociações claras e firmes, tem garantido que o Estado receba os recursos prometidos e necessários para atender às demandas da população. Como Eduardo Leite pontuou, “o povo gaúcho é agradecido”, mas exige que os compromissos sejam cumpridos integralmente.

A bancada do PSDB reafirma que críticas sem fundamento ou de interesse político não contribuem para a reconstrução do Estado. O momento exige união e trabalho coletivo para que o Rio Grande do Sul continue avançando.

O governador Eduardo Leite tem demonstrado, em ambos os mandatos, resultados concretos: realizou reformas essenciais, ajustou as contas públicas, priorizou saúde, educação e segurança, reduziu índices de criminalidade, melhorou estradas e cuidou das famílias gaúchas com programas sociais. Essas conquistas consolidam um governo que trabalha para todos e tem o reconhecimento do povo.

O Rio Grande do Sul avança, com governo, com liderança e com a força de um plano que pertence a todos os gaúchos.”

Com informações da Agência da Notícias da ALRS e do Sul 21


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