Reunião pública debate sobre desassoreamento e dragagem do rio dos Sinos

Em maio de 2024, o nível do rio dos Sinos bateu recorde histórico nos municípios por ele banhados. A elevação trouxe enchente a cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo e Campo Bom, consequência dos extremos eventos climáticos. Partindo dessa premissa, a bancada do Partido dos Trabalhadores de São Leopoldo, Região Metropolitana de Porto Alegre, debaterá, nesta quarta-feira (19) desassoreamento e dragagem do rio dos Sinos. Encaminhada pelo vereador Anderson Etter, evento acontece a partir das 19h, no plenário da Câmara de Vereadores. 

O desassoreamento é a remoção de areia, lodo e outros sedimentos do fundo de rios e lagos. Esse processo ocorre, em geral, por meio da dragagem, que é o procedimento de escavação para a retirada de sedimentos, sendo realizado por meio das dragas, embarcações voltadas para esse tipo de atividade. O recurso está previsto no programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul, apresentado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), em junho do ano passado, após o maior desastre climático registrado no Rio Grande do Sul. 

“A complexidade que envolve a pauta, em decorrência do que vivenciamos, como as inundações de maio passado, exige responsabilidade. Ninguém vai nos impedir de debater sobre os serviços a serem executados no nosso rio dos Sinos. O interesse é de toda a comunidade, que merece a possibilidade de poder participar da reunião pública”, afirma Etter.

Conforme ressalta o vereador ao Brasil de Fato RS, o Governo Federal destinou R$ 6,5 bilhões para investimentos no sistema de proteção das cheias. “Então, tratar do tema do desassoreamento e da dragagem do rio dos Sinos, no trecho correspondente a São Leopoldo, significa nós realizarmos um debate amplo com toda a sociedade, com os municípios vizinhos, com o Poder Público.”

Nesse sentido, prossegue o parlamentar, os poderes legislativos têm papel fundamental na participação neste debate, enquanto fiscalizador da destinação adequada destes recursos, que hoje estão sendo gerenciados pelo Governo do Estado. “Portanto, a reunião pública terá o objetivo de trazer uma visão técnica, colher a sensibilidade da sociedade, a fim de que nós possamos fazer esse debate de forma séria, respeitosa e garantindo que a comunidade tenha voz, principalmente após o evento extremo climático que assolou o estado do Rio Grande do Sul.”

Líder da bancada do PT, a vereadora Karina Camillo afirma que a temática é urgente e necessária. “A comunidade quer se envolver nesse debate, principalmente depois de uma enchente como o do ano passado, vemos a necessidade de encontrarmos soluções juntos.”

A reunião contará com a participação de representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Caí, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Gravataí, do Comitesinos, assim como técnicos, especialistas, universidades, órgãos governamentais, ambientalistas.

Das 497 cidades que formam o estado, 30 delas estão na bacia do rio dos Sinos. Com quase 3.700 km², atende em torno 1,44 milhões de habitantes, sendo cerca de 70 mil em áreas rurais e o restante em área urbana.


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