Setor público registra superávit de R$ 104,1 bilhões em janeiro

Foto da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

O setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e empresas estatais, fechou janeiro de 2025 com superávit de R$ 104,1 bilhões. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (14) pelo BC (Banco Central). O resultado representa um aumento em relação a janeiro de 2024, quando o saldo foi de R$ 102,1 bilhões.

Segundo o BC, o Governo Central – composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e BC – obteve superávit de R$ 83,1 bilhões. Já os governos regionais registraram saldo positivo de R$ 22 bilhões, enquanto as empresas estatais fecharam com déficit de R$ 1 bilhão.

Dívida pública e juros

Nos últimos 12 meses, o déficit primário somou R$ 45,6 bilhões, o que equivale a 0,38% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os juros nominais do setor público totalizaram R$ 40,4 bilhões em janeiro, contra R$ 79,9 bilhões no mesmo período de 2024.

A redução foi impulsionada pelo resultado das operações de swap cambial, que geraram um ganho de R$ 36 bilhões. No mesmo mês de 2024, houve perda de R$ 10 bilhões.

O resultado nominal do setor público consolidado, que considera o saldo primário e os juros apropriados, foi superavitário em R$ 63,7 bilhões. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB), abaixo dos R$ 998 bilhões (8,45% do PIB) registrados em dezembro de 2024.

Dívida bruta tem leve queda

A DLSP (Dívida Líquida do Setor Público) atingiu R$ 7,2 trilhões em 2024, representando 60,8% do PIB.

“Esse resultado refletiu os impactos do superávit primário, da variação do PIB nominal, da valorização cambial de 5,8% e dos juros nominais apropriados”, destacou o BC.

Já a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral), que inclui o governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e governos estaduais e municipais, fechou janeiro em R$ 8,9 trilhões (75,3% do PIB). O percentual representa uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior.

O BC informou que a redução foi influenciada por resgates líquidos de dívida, pela variação do PIB nominal e pela valorização cambial.

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